Chego em cada esquina “como quem foge de casa”, me perdendo e , ao mesmo tempo me achando, descubro que chego onde nunca ousei chegar. Às vezes atravesso o meu passado e me demoro num abraço de amor que me é eterno. Canto uma canção ali no bateau pelo rio Sena acompanhada por um velho acordeonista, “que reste-t-il de nos amours”, e agradeço a Charles Trenet este hino de amor que ele fez para mim. Descubro no meio dos verdes, um amarelão dourado: são os quatorze girassóis de Van Gogh, lindos, num movimento rotativo. Arrodeio e lá vem de novo o passado! Sorrio, e escuto meu poeta rindo do meu riso apelidando-o de “riso de cristal quebrado”. Dobro noutra esquina e me entusiasmo com o amor que chegou tarde, ele me alcança a esperança, e só o desejo de ser, me faz feliz. Pelos caminhos, escuto os sinos solenes e fortes da Catedral de Notre-Dame - me dou conta de uma lágrima no rosto, e num cochicho com Deus, agradeço por tudo isso. Minha viagem é esta paisagem!
sábado, 10 de dezembro de 2011
sábado, 3 de dezembro de 2011
PAULO FERNANDES
E agora Paulinho, o que eu faço daquele salmão sem sal, temperado com amor e limão? Vou rever o Anjo Azul. Mas basta-me aquela cena do prof. Rath entregando a vida na sala de aula vazia - vou rever mil vezes se possível for, e meus olhos ficarão parados – só velando e rogando a Deus por você.
Seja lá como for é preciso continuar a viver, mas é preciso chorar, até porque, por ter uma grande pena de mim...
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