sábado, 19 de novembro de 2011

O Cabugi


A lua está sempre relacionada ao amor. Às vezes, guia dos pensamentos mais íntimos que nos fazem acreditar na nossa poderosa  capacidade de amar o amor, até como defesa contra os segredos do pecado. E agora, neste novembro, num só momento, a lua é a beleza predileta do Cabugi! A cada dia ela vai e volta mais tarde,  e aos poucos vai se despedindo e se perdendo no escuro do céu, deixando as estrelas se responsabilizarem com o brilho. Mas não é só a lua que se despede do Cabugi, neste novembro, o touro Necessário, também está se despedindo - está indo para os arredores de São Paulo - foi escolhido como herói, cobridor de todas as vacas. Está indo para a Central de sêmen de Touros da raça Guzerá. Alem de garantir filhos fortes e saudáveis, tem um porte de rei Guzerá, na cabeça enormes “liras” e um olhar durão, espantando os mais corajosos dos mortais.
E o Cabugi vai se deixando consumir pelas paixões dos poetas. Para o poeta Rômulo Wanderley, ele desponta como o seio da mulher amada, e para meu querido Jarbas Martins: ”No mar de raras águas da caatinga, o Cabugi  era um enorme  transatlântico. E me ponho, marinheiro encanecido, a navegar.” Mas neste mundo real, ele é um vulcão extinto e misterioso, como certos homens...