segunda-feira, 8 de julho de 2013

Texto de Marina Wanderley



Tem hora para a chegada de tudo em nossas vidas, esse dia chegou o tempo de despedida pra mim, antes que eu descobrisse o significado de tal palavra.
Então, não chega como ondas fáceis converter sentimentos por palavras, elas pertencem a um alguém que não chegou a conhecer seu avô que enxerga como espelho, não só pra mim, mas deste espelho ressalta diversos raios que serve de inspiração e pilastra pra toda nossa família. Perco-me entre letras encarnadas de sentimentos, pra ser mais precisa um embaraço, mas que o destino me permita mapear qualquer traço de acaso e que desses rodapés se proliferem um sentimentalismo encarnado de historias de família. Tal sobrenome e fita genética que eu carrego com um orgulho ímpar, sempre vindos de um alguém que eu espero ouvir em tom poético citar versinhos únicos como os teus, com um jeito de ver a vida futurista, sempre à base de um tímido sorriso.
Depois que ele nos deixou, a vida virou um canto com uma melancolia partida e um passo em falso, sem o poeta que com letras alimentava nossas almas. Dono da falácia dos espelhos quebrados, das imagens que não foram vistas, mas se tornaram impossíveis de serem esquecidas. E que mesmo sem vê-lo passar por caminhos que levam a vida real, sinto o que desconheço através do toque da carne, o que não significa dizer que não estou algemada a este mesmo amor que nos fez chegar até aqui. Longe disso, quero senti-lo cada vez mais perto, enquanto eu sempre com um peito aflito e estremecido fico esperando tu cruzares a ponte da saudade, que é pra ver se mata o vazio que aqui deixastes.
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Marina é minha estrela guia, vestida de festa, disfarçada em neta de Berilo Wanderley.

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