Sempre me espanto quando o dia amanhece assim, tão
desconhecido, aí me dá uma vontade de chorar até pelo que não fiz.
”Eu que não dei
por esta mudança/tão simples, tão certa, tão fácil: Em que espelho ficou a minha
face?” Perguntava a poeta.
Num dos cacos de
espelho sobrenatural e infinito, visto a minha fantasia de colombina, restos de
um vestido de tule usado nos 15 anos. Completado com retalhos de cetim preto,
criação da minha fada rainha: Zabinha, que continua na doçura do
amor fraterno tão mágico e milagroso.
Aconteceu tudo
igual a “Commedia dell’Arte”: a Colombina que é a minha realidade, e mais os outros
dois, completando o trio famoso:
O Pierrô: poeta e mundo belo e novo da colombina.
O Arlequim: não usava roupas de losangos, mas era uma moça bonita que graciosamente dançava para o meu Pierrô ver.
O Arlequim: não usava roupas de losangos, mas era uma moça bonita que graciosamente dançava para o meu Pierrô ver.
Depois do baile, no jornal da manhã seguinte, estava
escrito sem nenhum disfarce a beleza da moça “arlequim”, que trouxera um dia à
primavera para Madrid e etc. etc.
Disfarçar o meu ciúme? Foi tão difícil! Sofri todas as
dores do mundo.
Mas o que me importa é que o Pierrô ainda brilha no emaranhado dos meus sonhos, e que a vida não é real, mas os sonhos são.
Mas o que me importa é que o Pierrô ainda brilha no emaranhado dos meus sonhos, e que a vida não é real, mas os sonhos são.
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