sábado, 10 de setembro de 2011

A Bela e a Fera



A fera, o mais puro sedutor da historia do cinema. Um monstro atormentado, e muito mais além da dor, o amor.
“Seu olhar está como fogo, não me olhe  assim”,  e completou, “Tem homens que a feiúra é por dentro” – parece desculpas!
Mesmo parecendo que tudo seria impossível, a força do amor venceu a toda uma estética. E devagarzinho, foi ganhando espaço: encontros na hora do jantar, passeios no jardim, a elegância da valsa dançada no salão aberto do castelo, a ternura de Belle oferecendo água na palma das mãos, as lágrimas desmanchadas em brilhantes...
O amor foi mais longe, no mais  secreto, num mundo que começou a existir  por causa da existência do  outro.
Jean Cocteau, criador desse belo surreal da historia do cinema, só pecou quando transformou a fera em príncipe encantado. O vôo nupcial do fim deveria ser cortado.

Um comentário:

  1. Oi, Maria Emília: passando aqui pra botar em dias as minhas leituras. Sucesso sempre!

    Um beijo...

    Bené Chaves

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