quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Desconstruindo Maria Emilia

Por ser extremamente pessoal, eu não posso tomar para mim a beleza poética do texto. O efeito da beleza é recriada na emoção de cada um que reler:
Por Jarbas Martins

um olho seu, brilhante como o de palas athena, se fez naquela exata hora ausente.como a beleza ideal de toda mulher.como suportar a beleza de um anjo, rilke? era feito de sutilezas e cambiantes tonalidades para o possível desespero dos plânctons.um olho seu certamente não estava ali.fundira-se com nuvens ou gritos de gaivotas.sua voz, à três metros de distância, de onde se encontrava, desafiava um coro celestial.sua beleza tridimensional não a encontrou um cubista.porque não descobrir,enquanto falava, a suavidade do movimento de um braço? que o outro, tão distante se fazia, e ideal, e perfeito, como os da vitória de samotrácia que jamais conheceremos. era com outros seres, não comigo, que falava.silencioso e em êxtase como os cegos lia, em braille, sua beleza seqüestrada por deus, num parque imensamente.

Um comentário:

  1. Oi, Maria Emília:
    Componho aqui alguns belos 'retalhos', que tal o plano-sequência inicial de 'A Marca da Maldade'? E o final de 'A Doce Vida', com a podridão de um mundo ruim sobrepujando a inocência no rosto suave da menina-moça? Ou a cena final de "Luzes da Cidade', quando a florista reconhece o seu protetor na figura do vagabundo. Não é de arrepiar? E que tal a estupenda partitura musical do Nino Rota (já presente em 'A Doce Vida')dando relevo maior a clima da ciranda da felicidade na cena final da obra-prima 'Oito e Meio'?
    O que você diria de 'O Sétimo Selo'(que o nosso saudoso Berilo sempre admirava), onde na cena final os personagens da trama são carregados pela temível Morte?
    Pois é... muitos e muitos outros belos 'retalhos' não caberiam aqui.

    Um grande abraço...

    Bené Chaves

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